COMEÇA A NÃO HAVER PACHORRA

Sabemos que não se vai embora. Deve ter acabado um dia de trabalho e vai regressar a casa. Devia ir uns metros a pé e falar com os portugueses que encontrasse pelo caminho para ter a certeza que os gritos que lhe chegam através das janelas, nas páginas dos jornais, no écran da TV e nos inúmeros mails que lhe chegam a Belém, são autênticos. O povo cada vez sofre mais e o senhor Presidente, mudo e quedo, com umas palavrinhas aqui e além, fugindo dos microfones. Isto está mesmo mal, senhor Presidente! Não sabemos como tudo isto vai acabar. O povo é sereno, mas hoje já houve um aviso no Parlamento. Começa a ouvir-se o som de Abril e Abril é já daqui a pouco mais de um mês. É que para além de já não haver pachorra, cada vez são mais os pobres, os desgraçados e os ricos vão proliferando, por meios fraudulentos, com a Justiça em crise. Quem tem dinheiro bem se sabe. O Viegas já desabafou para com um seu ex-colega de Governo e pode acontecer que a frase daquele ex-secretário da Cultura possa vir a ser um convite a muito boa gente que diz que manda em Portugal.