segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

OBRIGADO, SENHOR PRESIDENTE

Sei que o senhor Presidente já promulgou o Orçamento para 2013. Muito obrigado por ter tanto sentido de Estado. O Povo que se lixe, pois já não precisará para si de mais eleições. Resta-nos a satisfação de sentir que o cidadão Cavaco Silva também irá fazer contas a par da Dona Maria. Mas com as dificuldades de Belém bem poderiam os portugueses, mas cá fora dos portões, os portugueses vão dizer mal de um dia terem votado, não só em Cavaco, mas em todos aqueles que não nos ligaram cavaco.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

SE A MENTIRA MATASSE ÉRAMOS UM POVO FELIZ

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Se a mentira matasse éramos um povo feliz, na verdade. O "pinóquio" do Primeio Ministro no Dia de Natal falou aos poucos portugueses que o ouviram e falou de um país inexistente. Só mentiu e se a mentira matasse, lá isso o Pinóquio desta para melhor e ficaríamos nós, portugueses, livres da canga que nos tem sido imposta pelo menino que nunca fez nada na vida. O seu primeiro trabalho depois de paquete de um grande proprietário aveirense, foi ser Primeiro Ministro, assim a modos de quem anda de bicicleta e passa a conduzir um Fórmula. E os tombos, fatalmente, são mais que muitos. O que vale é que Passos Coelho já não deve vir ao Senhor de Matosinhos como Pimeiro Ministro, pois se ainda o fo, não haverá Senhor de Matosinhos que terá sido vendido aos chineses.

domingo, 23 de dezembro de 2012

TÓ ZÉ

É este o mestre da Oposição em Portugal: chama-se António, José como o carpinteiro de Nazaré, mais Seguro, o que ele não é. O Tó Zé para os mais íntimos e para os seguidores ainda se vai safando na tristeza política nacional, mas o Seguro que os portugueses procuravam nele, vai-se sumindo momento a momento e não temos ninguém que nos defenda da mansidão feroz dos Coelhos, Relvas, Gaspares e Cavacos. 
Já tiraram o burro e a vaca do Presépio, por ordem do Papa. Os Reis Magos perderam o terceiro parceiro, o Gaspar que lá não pode pôr os pés. José, desempregado, tem andado de porta em porta à procura de emprego. A Mãe chora e o Filho também por o terem mandado a este mundo há mais de 2.000 anos. 
Lembrei-me, agora, que há Belém em Portugal. Não estarão lá o burro, a vaca e o Gaspar? E, porventura, o nosso alegre Tó Zé - o rapaz alegre que dizem que é o único que pode salvar a pobreza, a opressão e a desgraça portuguesa.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PORTUGAL À VENDA - DIZEM OS ESPANHÓIS

São os espanhóis que o dizem, que o escrevem. Numa das últimas edições do diário "El País", este conceituado jornal, em letras gordas, escrevem que o Governo de Portugal está a pôr o País à venda, referindo as privatizações já efectuadas e a efectuar até ao final do ano. Parece que o processo da TAP não levantou vôo, mas realmente qualquer dia até a Torre de Belém, os Jerónimos e a Torre dos Clérigos serão monumentos vendidos aos chineses. Pobre povo português que qualquer dia um qualquer Joaquim se vai chamar Jo a kim...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FOI-SE!...

Inesperadamente, foi-se! Nogueira Leite, um dos homens fortes do cavaquismo e do coelhismo, com palavras para tudo e todos, com paletes de rendimentos, gestor da Caixa Geral de Depósitos, bateu com a porta do banco do Estado. Ou me engano muito ou haverá coisas para contar. Aguardemos, agora que Cavaco Silva parece ter metido o fiofó entre as pernas e ir a correr promulgar o OGE/2013. Depois, bem, depois, será o que Deus quiser. Vamos ter temporal. Já ninguém espera outra calamidade.

EU CÁ ESTOU À ESPERA

Anda para aí toda a gente a falar que o mundo vai acabar no dia 21. Em início de fim de semana e a poucas horas de comer as rabanadas e o bacalhau cozido com batatas do Natal. Verdade? Eu cá estarei à espera, prontinho para dizer adeus e a tudo e ir para outro mundo. Até pode acontecer que antecipe a viagem como muitos o estão a fazer, bastando ler as páginas dos jornais.
Mas também pergunto: fará assim tanta falta a existência do mundo, quando o que existe não presta para nada, invadido na sua maior parte por injustiças, por fome, guerra e só alguns poucos beneficiados. E se o 21 for mesmo o fim, graças a Deus que os que tem muito e muitas injustiças praticaram também vão voar em pedacinhos. Vamos aguardar, sentados. Também, valha a verdade, não adianta nada preocuparmo-nos. Não há ninguém que se possa suspender tal sentença. Ninguém.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

NUNCA MAIS TE PERDOO PAI NATAL

Acredita, Pai Natal, nunca mais te perdoo. Desde pequeno que fui enganado que tu existias e eu acreditei. Era a minha mãe que o dizia. Todos anos, de celuloide, lá estavas tu no cimo do pinheiro de Natal. E eu até falava contigo à espera que não te esquecesses de mim. Mas um dia, há sempre um dia, quando na noite natalícia a minha mãe me aconchegou a roupa para dormir, eu vi-a pousar um carro de bombeiros, em folheta, em cima da cómoda. Era a tua prenda, mas não eras tu que a levavas. Fiquei triste e até me correu uma lágrima. Passei a não acreditar. E, no dia seguinte, espírito mau o meu, trepei a uma cadeira e peguei em ti e fui ao quarto de minha mãe apresentar queixa aos santinhos dela, diante dos quais tinha sempre uma lamparina de azeite acesa. E eis quando fixava os santos, aproximei-te da chama e tu foste engolido pela mesma, perante o meu espanto e susto. Acorreu a minha mãe, aflita, perante  a minha asneira, deu-me dois tabefes bem acertados. Nem tive tempo para me explicar.
A partir deste momento nunca mais tive conversa contigo. Vai intrujar quem tu quiseres. Anos mais tarde, aos meus filhos, era com relutância que lhes mentia, mas é da praxe mentir às crianças no Natal, pois até os graúdos mentem uns aos outros. Pior, dão abraços, desejam felicidades, mas aquilo tudo cheira a hiocrisia. E, então, nos tempos que correm!

A CULPA É DO HOMEM DO BOLO-REI

Pois é, caros amigos. A culpa de tudo o que estamos a passar e ainda teremos muito para passar, é desde senhor, do amante do bolo-rei. Este senhor que nos (des)governou na década de 90, quando a gentinha de Bruxelas despejava em Portugal euros como S. Pedro despeja granizo nas terras altas. Gastou-se à tripa forra, reformas a torto e a direito, gabinetes e empresas para os amigos e amigos destes, foi um fartar. Alguns trabalharam tanto que estão a descansar em casa com...pulseira electrónica.
Este senhor a quem os portugueses, ingenuamente, deram cavaco, chegou a inquilino de Belém. E nunca os portugueses viram ninguém que tanta indecisão tivesse naquela cabeça algarvia. Agora que o país anda de patas ao ar, o que dizem ser, pela Constituição o primeiro de Portugal, portanto o mais responsável, vai deixando escapar umas coisas, deu-lhe agora para carpir que vai ser afectado na sua reforma, mas os portugueses que se lixem.
Ele, certamente, vai ter o seu Natal, sem esquecer o bolo-rei gostosamente a caír-lhe pelos cantos da boca, e os milhares e milhares de portugueses que do Natal só poderão contar as estrelas do céu, coitados deles, não merecem cavaco. o mesmo Cavaco que nós não merecemos.

OS TEMPOS DA MINHA AVÓ

Antes de dizer ao que venho, tenho de rectificar o título do post anterior. Falta-lhe a palavra Natal. As minhas desculpas.
E, ainda numa fase de saudosismo natalício, aqui deixo aos mais novos, uma das melhores invenções do principio do século XX - a máquina de cozinhar a petróleo. Uma inovação. Para trás a lenha e os briquetes (quanto aos briquetes terei uma situação para vos relatar dos meus tempos de menino). 
Esta sofisticadíssima peça, para o seu tempo, quando apareceu lá em casa, dizia o meu pai, que a minha avó Rita quando via a minha mãe a dar à bomba (peça da direita) para espevitar a chama na cabeça da máquina, a minha avó fugia com receio que fosse tudo pelos ares. Mas a máquina durou dezenas de anos até aparecerem os fogões mais modernos, a electricidade, o gás, as panelas de pressão, os fornos eléctricos, um nunca mais acabar de tecnologia, os quais, esses sim, se a minha avó Rita ainda cá estivesse ninguém lhe punha a vista em cima.
Ora aqui está uma peça que teve larga importância no Natal de muita gente.

DO TEMPO DO MEU RICO DE GENTE POBRE

O velho candeeiro a petróleo. Lembro-me dele nesta data. Era ele que iluminava (não havia outro sistema de iluminação na casa do Delfim alfaiate) a ceia de Natal. À sua luz víamos as batatas com o bacalhau e a regueifa redondinha da 1º. de Maio. O pai ainda com alinhavos na camisa e a mãe de dedal no dedo. A minha irmã, a Antónia, ansiosa, pois a noite era diferente. Eu ficava mais triste porque sabia avaliar a diferença entre a nossa casa e a do vizinho, com luz eléctrica. Mas éramos felizes com pouco. Vinha depois a aletria na velha travessa com dois gatos que o amolador havia colocado para a salvar e a noite terminava com um copinho de vinho fino mandado pelo tio Joaquim, do Pinhão. Antes ainda se jogava o rapa a pinhões. Nada de bolo-rei ou pão de ló. Era a cama a seguir e a ansiedade das prendas no dia seguinte. Prendas pobres, mas cobertinhas de amor.
Era assim o meu natal há mais de 70 anos. Não queria morrer sem viver uma Ceia natalícia com tão puro ambiente.  

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O NOSSO TRISTE FADO

Temos de aturar o fadista. Agora vem cantar-nos o fado dos pobres reformados e com a ameaça de que há quem esteja a receber pensões de reforma para as quais quase não descontos. Nós desconfiamos de quem ele fala, de muitos que precisavam de receber mais um pouco, não deve estar a acusar os políticos e os deputados que, como ele, com um desgraçado contributo do seu mau trabalho, ao fim de meia dúzia de anos vem para casa com chorudas reformas (algumas foram vitalícias), vão ocupar espampanantes cargos e abrem-lhes a porta dos cofres para dali retirarem quanto der mais jeito. E isto é dito por um cidadão que se formou aos 37 anos e, antes disso, foi um "paquete"bem remunerado do sr. Ilidio Pinho, nos intervalos do cantar do fado na Adega do Ribatejo e de alisar as penas das Doce. Pobre pais em tais maos foi colocado.