A hora é mesmo para morrer. E não nos admiramos nada que, por alvitre da Troika, se consiga um financiamento para pagar o funeral aos que quiserem ir andando.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
ORDEM PARA MORRER
O PASSADO E O PRESENTE ATORMENTA-0

Agora, na presente vida de calamidade económica e financeira, o Homem a quem os portugueses confiavam que soubesse dar uma palavra de esperança e não se tornasse "avalista dos amigos do Governo", chamando toda a gente à realidade, inclusivé o presidente desbocado da Madeira ( quando teve a questão do estatuto de autonomia com os Açores) assustou o País com uma alocução ao mesmo, por se sentir incomodado, mas agora o amigo Alberto João com desgovernos, fuas de informação, insultos a torto e a direita e ameaçando com independência, mereceu meia dúzia de palavras numa feira em Valpaços.
Como é que os portugueses vão ganhar coragem se o "seu" Presidente mal se ouve falar e quando o faz é no remanso do jardim de Belém, ao luar.
Há o Parlamento, há inúmeros oportunidades para dar força. Embora, na altura, lhe tivesse faltado preparação intelectual, temos saudades do pão, pão, queijo, queijo, de Eanes.
Cavaco não mexe com os portugueses. Anestesia-os.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
104 ANOS

O Leixões que vive uma hora de crise existencial no seu aspecto administrativo, mas que desportivamente vai continuando a afirmar-se do futebol ao voleibol, passando pela natação e o bilhar. Um Leixões que precisa de regressar ao seu eclectismo. Um Leixões entregue unicamente a homens e mulheres de boa vontade, enquanto a maioria da população se esquece dele e o tecido empresarial só se lembra se houver golos...
Nesta hora que deveria ser de enorme euforia, pois passar um centenário é um marco histórico só acessível aos grandes lutadores, há uma incerteza a pairar sobre a instituição com o seu grave problema financeiro, com o Estado a tentar não o deixar sobreviver, impedindo que o Estádio do Mar possa ficar para sempre a ser propriedade de Matosinhos, por vontade de aquisição por parte da Câmara Municipal. Vive-se um momento extremamente melindroso.
Se for vetada superiormente a venda do Estádio, tal como Matosinhos já decidiu, o Leixões poderá sofrer forte machadada na sua vida.
Daí que este modesto associado nº. 166, deste cantinho peça que todas as boas vontades se unam e se Lisboa decidir querer cortar as pernas e a cabeça ao nosso clube, pois que fiquem com o Estádio do Mar, sem naquele espaço se poder construir mais nada que instalações desportivas, julgamos nós, e voltemos ao Campo de Santana, cedido pela Câmara para ali erguermos um pequeno estádio e ali voltarmos a gritar pelo clube. Seria bonito ali erguer-se algo que homenageasse o Leixões da gente do Mar.
Vivemos uma hora de todos nos envolvermos na continuidade do nosso clube.
E, também, no momento em que o nosso vizinho Leça FC se encaminha para o centenário, vivendo igualmente o problema da venda do seu estádio, pois que o credor fique com ele e a Câmara abra as portas do Campo da Bataria, melhorado, para nele as cores leceiras continuarem a ser aplaudidas.
Vamos a isso, matosinhenses.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
NÃO É PARA RIR, MAS...

NEM O MACACO ACREDITA

quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A ONDA VAI CRESCER

Esta é realidade. Talvez carregada nas tintas negras, mas é verdade que vamos ter ainda dias de mais dor. Estejamos atentos aos nossos procedimentos e aos dos outros. É a hora de quem tem muito, ficar com menos. É a hora de haver Justiça Social.
102 ANOS
Poucos anos depois, ficou sem mãe e um casal leceiro recebeu-a como filha, ali para as bandas da rua de Oliveira Lessa, numa casa baixinha que ainda hoje lá está. A avó adoptiva Laura tratou-a sempre como uma neta.
Ora essa menina enjeitada pelo pai foi a minha mãe. E hoje faria 102 anos. Durante muitos anos dei-lhe um beijo, mas só durante meio século. Depois disso ela também me deixou. Tinha 52 anos.
Hoje, mãe, sei que estás num cantinho da Eternidade, certamente tendo por perto os cachos de uvas que enfeitaram o teu berço e sussurrar das ondas do mar de Leça da Palmeira que te embalaram. Já não te posso beijar, mas posso não te esquecer. Ao meu pai que também estará junto de ti, diz-lhe que continuamos a chorar por vós os dois.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
À ATENÇÃO DOS LEIXONENSES E MATOSINHENSES

Um momento de reflexão para os leixonenses que, embora estejam a viver um momento de agradável perspectiva desportiva, continua a sofrer do mal canceroso do ostracismo de Matosinhos e dos seus habitantes. Não há que iludir. Ou a terra acorda para a vida do seu principal clube, não se ficando pelos projectos e pelas esperanças atiradas aos quatro ventos, não se aprontando na mesa as decisões, preto no branco, com a cidade a testemunhar e colaborar, ou teremos de um dia lamentar como a esta hora lamentam os nossos amigos e antigos adversários alentejanos.
GENTE BOA
Guilherme Costa é gente, boa gente, conhecida dos matosinhenses.
Actual Presidente do Conselho de Administração da RTP, economista e
mestre de Economia, acaba de ser convidado a entregar ao Governo um Plano de Reestruturação dos Canais televisos e da RDP. Acabou de o fazer e agora, palpite nosso, vai haver um cumprimento do ministro Relvas e adeus doutor José Guilherme. É o costume. E o filho do saudoso Renato Costa, mostrará um sorriso.
BEM MERECE A REFORMA

PARECE ANEDOTA, MAS NÃO É

segunda-feira, 19 de setembro de 2011
OS QUE PODEM AOS QUE PRECISAM

Vive-se hoje pior do que eu vi e vivi no tempo da II Guerra Mundial. Hoje sofre-se mais, pois antigamente havia pouco, mas hoje o povo sabia o que era viver um pouco melhor e, agora, é mergulhada no não ter nada. É muito dificil um dia ter e depois deixar de o ter. Quem nunca teve sofre menos, embora seja triste.
Eu, por mim, sem complexos de o afirmar, nunca julguei chegar perto do fim da vida e a nem cotão ter nos bolsos. Aflige-me, ainda, os mais novos, aqueles para quem um mundo negro se abre.
Ou quem pode acode aos que nada possuem, ou estamos a caminho duma III Guerra Mundial. E venha ela, porque sermos mortos lentamente, custo muito mais.
NÃO PODE SER!

domingo, 18 de setembro de 2011
É PRECISO APAGAR O FOGO

Parece que tudo se está a acalmar, mas o rescaldo vai ser dificil e vai demorar uma dúzia de anos a reerguer-se dalguns escombros.
É a altura de aparecerem matosinhenses voluntários para ajudarem os voluntários dos Bombeiros de Leixões, uma instituição que caminha para o século de existência.
TURISMO E A RUA BRITO CAPELO

A MADEIRA É UM JARDIM

Este prsidente madeirense que se prepara para bater o triste récord de Salazar no poder irá continuar a desafiar tudo e todos, incluindo o Presidente da República, tanto o actual como os anteriores.
Vivemos num país de loucos!
A NOSSA JUSTIÇA

É o processo Casa Pia que ninguém sabe quando vai ter o seu fim, talvez quando os actuais condenados já tiverem desaparecidos: uns para longe e outros para sempre; é a Operação Furacão que começa a ter a força duma brisa à beira Tejo; é o famigerado Freeport que só teve importância quando se fez a perseguição feroz a Sócrates; é o BPN que certamente terá a leitura da sentença nos aposentos de São Pedro; é o processo do BCP em que se poderá virar o feitiço contra o feiticeiro porque o dinheiro, repentinamente, ficou a valer menos e quem tinha muias acções e valiosas passou a ter acções mais baratos do que papel para forrar paredes; é o processo do Godinho que parece ter ido para a...sucata; o processo dos sobreiros que não irá colocar ninguém à sombra; o dos submarinos que deve ter submergido no mar da palha; etc. E há muitos mais.
Acresce que a criminalidade é o pão nosso de cada dia. Mata-se por 50 euros. E os malfeitores que são apanhados, na sua maioria ficam com residência fixa ou pulseira electrónica. Dois bons negócios: um para quem vende passagens aéreas e outro para quem constrói pulseiras.
E é este o país da Liberdade e da Justiça.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
MAS O QUE É ISTO?
Na verdade estamos a viver no país muito desigual. Não foi para isso que choramos e aplaudimos o discurso de Spínola há 37 anos. Julgo que conseguimos ter liberdade para perder a vergonha.
O SORRISO DO SOFRIMENTO

terça-feira, 13 de setembro de 2011
E NINGUÉM LHE PREGA UM SUSTO!

Quer dizer, os gregos estão cada vez mais gregos, mas os portugueses vão recuar até à pré-história e vão ter de andar de tanga, cajado e ir para o monte caçar animais, enquanto os houver, quando não, por algum tempo, comerão erva.
Eu que vivi no tempo de ir de madrugada para a "bicha" para arranjar um sêmea (pão) e ajudar os maus pais a colar etiquetas nos cartões do racionamento dos géneros alimentícios, agora só deverá haver uma mudança: a "bicha" será efectuada pela internet. Ai António, António, desculpem, ai Vitor, Vitor...
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
É PENA A MARÉ BAIXA...
Daí a pena, melhor dizendo o desgosto, por não sabermos o que se passa com a Confraria matosinhense. Não teremos muita razão para fazer a pergunta, pois já nos demitimos da mesma, precisamente pelo seu marasmo que se ficava pela festa anual do Capitulo e com um ou outro almoço ou jantar, sem nos mesmos ser incluída qualquer razão subjacente aos estatutos e que é a defesa e a preservação da gastronomia ao mar e de que Matosinhos é uma montra nacional.
Tudo o que se tem feito tem sido por decisão e orientação da Câmara Municipal e por uma Associação de Restaurantes, recentemente criada.
Não foi para isto que se criou a Confraria. É preciso encher a maré. Nós, como matosinhense, temos pena.
domingo, 11 de setembro de 2011
HÁ 101 ANOS

Muito tarde (minha mãe morreu aos 52 anos) tentei procurar a origem de quem não lhe deu o nome. Só para saber. Sem sucesso, embora perceba que haja ainda por aquelas bandas que esconda algo que poderia fazer luz.
Várias vezes tenha ido a Gouvães do Douro. Apalpa as pedras, provo as uvas, mesmo cobertas de pó, visito a igreja em que a Eugénia foi baptizada há 100 anos, sinto como se algo me atraísse. Trouxe comigo - e todos os dias passo nela as minhas mãos - um bocadinho de terra diuriense.
Sei que irei morrer sem ter acesso a qualquer informação. Mas ainda quero voltar a Gouvães. Também é a minha terra.
TRISTEZA

Sofri com a morte do meu amigo (quem gritou bem alto no último número do MH (ver gravura), ele que colaborou desde o primeiro jornal que saiu a 15 de Setembro de 1993.
Fiquei com dívida vários amigos, poucos, é verdade, mas alguns que não tinham praticamente obrigação de me ajudar. A 26 de Outubro irei responder em Tribunal (mais minha mulher e minha filha) por uma pequena dívida ao Estado. Certamente serei condenado, ao contrário de muitos que devem milhões e nem no banco dos réus se sentam.
É a vida. Mas esta também já não deve ter muito tempo para mais me castigar. A morte do Adélio Magalhães Pinto permitiu-me, mais uma vez, desabafar.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
"NÃO HAVERÁ AMANHÃ"

Assim escreveu o saudoso Adélio no seu livro "Não haverá amanhã". em Novembro de 2010. Ele escreveu e soube porque o fez, porque sentiu na pele a "falsa democracia", o ostracismo por falar e não dever nada a ninguém, por nunca ter sido um dos eleitos do partido para o galarim não da política, mas do dinheiro fácil. E, assim, razão tinha ele para afimar que não haverá amanhã.
AÍ ESTÃO ELES!
Neste fim de semana, em Leça do Balio, juntam-se as tropas. As armas vão tilintar às portas do Mosteiro. Como há centenas de anos. E que façam barulho. E que se grite. De maneira a ouvir-se em Lisboa, em S. Bento e Belém. Pode ser que alguém se assuste.
Neste fim de semana, em Leça do Balio, juntam-se as tropas. As armas vão tilintar às portas do Mosteiro. Como há centenas de anos. E que façam barulho. E que se grite. De maneira a ouvir-se em Lisboa, em S. Bento e Belém. Pode ser que alguém se assuste.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
NÃO PARECE MUITO FÁCIL, MAS...
...ao olharmos para a vontade expresso no Governo, temos de colocar a arrumar a trouxa todos aqueles que teem mais de 70 anos, pois os medicamentos e cuidados médicos vão escassear ou custar muito caro; as urgências dos hospitais vão passar a ser "parques de campismo", com todos os doentes acampados, por falta de médicos; os medicamentos e tratamentos especiais vão ser artigos de luxo; e até as crianças não poderão ter acesso a todas as vacinas. Ora isto é a instituição da pena de morte, embora com uma sádica lentidão. Sobretudo quanto os velhos, melhor seria que fosse dada uma injecção e se chamasse logo o cangalheiro...
...ao olharmos para a vontade expresso no Governo, temos de colocar a arrumar a trouxa todos aqueles que teem mais de 70 anos, pois os medicamentos e cuidados médicos vão escassear ou custar muito caro; as urgências dos hospitais vão passar a ser "parques de campismo", com todos os doentes acampados, por falta de médicos; os medicamentos e tratamentos especiais vão ser artigos de luxo; e até as crianças não poderão ter acesso a todas as vacinas. Ora isto é a instituição da pena de morte, embora com uma sádica lentidão. Sobretudo quanto os velhos, melhor seria que fosse dada uma injecção e se chamasse logo o cangalheiro...
terça-feira, 6 de setembro de 2011
MORREU UM HOMEM, UM AMIGO E UM EXEMPLO
Fomos hoje surpreendidos com a morte repentina de um Homem - o Adélio Magalhães Pinto. Um amigo há mais de meio século. Um exemplo de quem venceu na vida a pulso. De empregado de balcão, a servidor de contabilidade, até aos bancos da Universidade, mas sempre a trabalhar. O ilho da Dona Glória enfermeira chegou a doutor. Mas não lhe chegou. Foi escritor admirado, com a publicação de vários. Estava a uma semana de apresentar mais um, uma obra de fôlego, no centenário do nascimento do eng. Fernando Pinto de Oliveira, que foi um presidente de Câmara de Matosinhos leição no tempo em que se não era eleito. O Adélio, desculpem, o dr. Magalhães Pinto já não ouvirá as palmas pelo seu magnífico trabalho, mas ficará a obra que ele certamente lá em cima irá mostrar ao seu biografado.
Companheiros de muitas lutas pelas coisas de Matosinhos, sentimo-nos tristes e mais fragilizados. Deveria ir na frente dele, mas o Destino assim não quis.
À sua mulher, à viuva, à Sílvia de quem fomos testemunha dos seus primeiros dias juras de amor com o Adélio esperamos que consiga ter força para continuar a manter viva a imagem de quem partiu. A seus irmãos, igualmente pedimos para que o exemplo do seu irmão se mantenha aceso nas suas vidas. E coragem. A coragem que já nos vai faltando para ver partir os nossos amigos.
Até um dia destes, Adélio.
Fomos hoje surpreendidos com a morte repentina de um Homem - o Adélio Magalhães Pinto. Um amigo há mais de meio século. Um exemplo de quem venceu na vida a pulso. De empregado de balcão, a servidor de contabilidade, até aos bancos da Universidade, mas sempre a trabalhar. O ilho da Dona Glória enfermeira chegou a doutor. Mas não lhe chegou. Foi escritor admirado, com a publicação de vários. Estava a uma semana de apresentar mais um, uma obra de fôlego, no centenário do nascimento do eng. Fernando Pinto de Oliveira, que foi um presidente de Câmara de Matosinhos leição no tempo em que se não era eleito. O Adélio, desculpem, o dr. Magalhães Pinto já não ouvirá as palmas pelo seu magnífico trabalho, mas ficará a obra que ele certamente lá em cima irá mostrar ao seu biografado.
Companheiros de muitas lutas pelas coisas de Matosinhos, sentimo-nos tristes e mais fragilizados. Deveria ir na frente dele, mas o Destino assim não quis.
À sua mulher, à viuva, à Sílvia de quem fomos testemunha dos seus primeiros dias juras de amor com o Adélio esperamos que consiga ter força para continuar a manter viva a imagem de quem partiu. A seus irmãos, igualmente pedimos para que o exemplo do seu irmão se mantenha aceso nas suas vidas. E coragem. A coragem que já nos vai faltando para ver partir os nossos amigos.
Até um dia destes, Adélio.
A Palavra de D. Manuel
Um dos motivos que me levou a quebrar o silêncio foi a palavra do "nosso Bispo", D. Manuel Martins, numa recente entrevista ao semanário "Expresso" e da qual retiramos se seguintes passagens que nos dão muito para meditar e para obrigar a agir.
O que mais o preocupa actualmente?
"Uma das coisas que me torturam mais é o desemprego. Eu tinha um vizinho que eram empregado bancário e foi despedido. Ficou tão destroçado que não disse nada a ninguém. À hora que costumava saír para o banco, saía de casa e regressava à hora que costumava regressar. Tinha vergonha até dos próprios filhos. É preciso ter sensibilidade para lidar com esta situações. Com todas estas privatizações e fusões - algumas até podem ser necessárias - já pensamos nos milhares de pessoas que vão ser despedidas? Com esta economia neoliberal e estas leis laborais iníquias, contra a dignidade e os direitos da pessoa, não sei como vai acabar. Uma pessoa está empregada hoje e amanhã dizem-lhe que não precisam dela. Agora diminuiram as compensações e o tempo de subsidio e preparam-se para amanhã não dar nada. Isto só vai piorar."
Não tem esperança numa melhoria?
"Quero acreditar. Mas tive muitas desilusões na vida. Quando foi a queda do Muro de Berlim acreditei que tinham finalmente acabado as guerras. Depois veio a dos Balcãs e já fiquei um bocadinho desiludido. Depois veio a União Europeia e eu acreditei que seria uma associação de iguais, em que os pequenos podiam valer tanto como os grandes, mas não é nada disso. Os (países" pobres, mesmo todos juntos, não são capazes de derrotar a vontade de um rico - da Alemanha ou da França. É uma Europa esfrangalhada., desorientada, que é a dois e não a 27. Ao fim e ao cabo, fomos associar-nos para engordar mais aqueles cavalheiros e nos minimizarmos a nós. Queimaram-se os campos, as vinhas, destruiram-se as produções, acabou-se com as pescas e tudo isso com que Cavaco embarcou, meio embebedado. Tudo foi pensado em função deles. <na altura até se podia pensar que isso era um bem, mas afinal havia intenções escondidas. Era apenas para se venderem os produtos deles."
O que podemos fazer?
"Se ao menos fôssemos capazes de voltar ao campo já não tínhamos fome. As crises às vezes são oportunidades... SE esta nos levasse de novo ao campo, não para ficar lá, mas para aproveitar a riqueza que nos dá, libertava-nos de muita importação."
A Igreja está a fazer o seu papel ou tem-se distanciado das pessoas?
"A Igreja faz festas muito bonitas e esquece-se de vir para o meio daqueles que sofrem. Tem acordado muito, mas atitudes que tem tomado são mais no sentido da assistenciazinha, da caridadezinha. Tem de ir mais longe.Ela mesmo tem que dar sinais."
Que tipo de sinais?
"Devíamos ser capazes de vender esse ouro todo que anda ao pescoço dos santos nas procissões.Os cordões e o anéis que o povo quer ver pendurados nos santos, para que prestam?
Um dos motivos que me levou a quebrar o silêncio foi a palavra do "nosso Bispo", D. Manuel Martins, numa recente entrevista ao semanário "Expresso" e da qual retiramos se seguintes passagens que nos dão muito para meditar e para obrigar a agir.
O que mais o preocupa actualmente?
"Uma das coisas que me torturam mais é o desemprego. Eu tinha um vizinho que eram empregado bancário e foi despedido. Ficou tão destroçado que não disse nada a ninguém. À hora que costumava saír para o banco, saía de casa e regressava à hora que costumava regressar. Tinha vergonha até dos próprios filhos. É preciso ter sensibilidade para lidar com esta situações. Com todas estas privatizações e fusões - algumas até podem ser necessárias - já pensamos nos milhares de pessoas que vão ser despedidas? Com esta economia neoliberal e estas leis laborais iníquias, contra a dignidade e os direitos da pessoa, não sei como vai acabar. Uma pessoa está empregada hoje e amanhã dizem-lhe que não precisam dela. Agora diminuiram as compensações e o tempo de subsidio e preparam-se para amanhã não dar nada. Isto só vai piorar."
Não tem esperança numa melhoria?
"Quero acreditar. Mas tive muitas desilusões na vida. Quando foi a queda do Muro de Berlim acreditei que tinham finalmente acabado as guerras. Depois veio a dos Balcãs e já fiquei um bocadinho desiludido. Depois veio a União Europeia e eu acreditei que seria uma associação de iguais, em que os pequenos podiam valer tanto como os grandes, mas não é nada disso. Os (países" pobres, mesmo todos juntos, não são capazes de derrotar a vontade de um rico - da Alemanha ou da França. É uma Europa esfrangalhada., desorientada, que é a dois e não a 27. Ao fim e ao cabo, fomos associar-nos para engordar mais aqueles cavalheiros e nos minimizarmos a nós. Queimaram-se os campos, as vinhas, destruiram-se as produções, acabou-se com as pescas e tudo isso com que Cavaco embarcou, meio embebedado. Tudo foi pensado em função deles. <na altura até se podia pensar que isso era um bem, mas afinal havia intenções escondidas. Era apenas para se venderem os produtos deles."
O que podemos fazer?
"Se ao menos fôssemos capazes de voltar ao campo já não tínhamos fome. As crises às vezes são oportunidades... SE esta nos levasse de novo ao campo, não para ficar lá, mas para aproveitar a riqueza que nos dá, libertava-nos de muita importação."
A Igreja está a fazer o seu papel ou tem-se distanciado das pessoas?
"A Igreja faz festas muito bonitas e esquece-se de vir para o meio daqueles que sofrem. Tem acordado muito, mas atitudes que tem tomado são mais no sentido da assistenciazinha, da caridadezinha. Tem de ir mais longe.Ela mesmo tem que dar sinais."
Que tipo de sinais?
"Devíamos ser capazes de vender esse ouro todo que anda ao pescoço dos santos nas procissões.Os cordões e o anéis que o povo quer ver pendurados nos santos, para que prestam?
Ora, então, bom dia!
Quem julgava que o Joaquim já cá não estava, aqui está a realidade: ele ainda mexe!
Estava para aqui no meu canto a recordar tempos recordados e nos quais era, a todo o momento, solicitado, esquecido dos muitos que me rodeava e deixaram de o fazer porque o "Matosinhos Hoje" se finou, arrastando o seu criador para o "já não conta", quando acordei para e realidade e afirmei: ó Joaquim tu ainda podes ser ouvido e discutido. E, por isso, aqui estou. Falarei do que me parecer devo falar neste mundo de confusão das coisas más e...das boas. Estas serão poucas, infelizmente.
Vamos à luta porque parar é morrer. E sei que estarei perto disso, mas até não me colocarem a tampa, a minha voz soará na minha terra que, para mim, foi ingrata, mas a tal ingratidão responderei com a luta do que considero estar mal e, especialmente, por aqueles que vão ser esquecidos e desprezados.
Quero acabar os meus dias a lutar pelos meus ideais, pela minha gente.
Joaquim Queirós
Quem julgava que o Joaquim já cá não estava, aqui está a realidade: ele ainda mexe!
Estava para aqui no meu canto a recordar tempos recordados e nos quais era, a todo o momento, solicitado, esquecido dos muitos que me rodeava e deixaram de o fazer porque o "Matosinhos Hoje" se finou, arrastando o seu criador para o "já não conta", quando acordei para e realidade e afirmei: ó Joaquim tu ainda podes ser ouvido e discutido. E, por isso, aqui estou. Falarei do que me parecer devo falar neste mundo de confusão das coisas más e...das boas. Estas serão poucas, infelizmente.
Vamos à luta porque parar é morrer. E sei que estarei perto disso, mas até não me colocarem a tampa, a minha voz soará na minha terra que, para mim, foi ingrata, mas a tal ingratidão responderei com a luta do que considero estar mal e, especialmente, por aqueles que vão ser esquecidos e desprezados.
Quero acabar os meus dias a lutar pelos meus ideais, pela minha gente.
Joaquim Queirós
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