domingo, 11 de setembro de 2011

TRISTEZA

Na última semana fui abalado pelo desaparecimento de um velho e grande amigo - o Magalhães Pinto. Naturalmente fui acompanhá-lo à última morada no meio duma multidão. Ao fim de mais de um ano de minha hibernação, de luto, pela perda do meu jornal, encontrei muitos amigos e alguns conhecidos. Ouvi muitos lamentos pela morte do "Matosinhos Hoje". Disseram-me que Matosinhos ficou sem voz. Mas foi isso que os matosinhenses quiseram. Levei 17 anos a tentar sensibilizar a gente da minha terra para assinar o "seu" jornal" ou para com ele colaborar com meios para a sua subsistência - a publicidade. Foram mais os que nos criaram problemas do que aqueles que me ajudaram. Houve até quem tinha a obrigação da ajuda e negou-a. O fim tinha de chegar e com ele o meu arrastar para uma condição social de quem de tudo se ter desfeito do seu valor financeiro e patrimonial. Mas fiquei vivo.
Sofri com a morte do meu amigo (quem gritou bem alto no último número do MH (ver gravura), ele que colaborou desde o primeiro jornal que saiu a 15 de Setembro de 1993.
Fiquei com dívida vários amigos, poucos, é verdade, mas alguns que não tinham praticamente obrigação de me ajudar. A 26 de Outubro irei responder em Tribunal (mais minha mulher e minha filha) por uma pequena dívida ao Estado. Certamente serei condenado, ao contrário de muitos que devem milhões e nem no banco dos réus se sentam.
É a vida. Mas esta também já não deve ter muito tempo para mais me castigar. A morte do Adélio Magalhães Pinto permitiu-me, mais uma vez, desabafar.

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