quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O PASSADO E O PRESENTE ATORMENTA-0

Quem esteve atento à recente entrevista de Cavaco Silva notou que o Presidente está a viver um momento de frustração. Depois do 25 de Abril nunca tivemos um Presidente da República com tão pouco sangue quente. Porque será? Lembra-se certamente dois seus 10 anos de governação à solta, com maioria absoluta, com o dinheiro da Europa entrar pela telhado, não conseguindo aproveitá-lo e dar um rumo certo ao Portugal que tinha nas mãos. Gastou tudo ou quase em cimento. Depois abriu as portas aos amigos, na maioria bem finos, que no escândalo BPN bem se evidenciaram, para além de terem sido colocados nas maiores empresas e nos melhores negócios. Fez lembrar o Américo Tomaz que para ele pouco deve ter ganho, mas que abriu a porta da capoeira às raposas...
Agora, na presente vida de calamidade económica e financeira, o Homem a quem os portugueses confiavam que soubesse dar uma palavra de esperança e não se tornasse "avalista dos amigos do Governo", chamando toda a gente à realidade, inclusivé o presidente desbocado da Madeira ( quando teve a questão do estatuto de autonomia com os Açores) assustou o País com uma alocução ao mesmo, por se sentir incomodado, mas agora o amigo Alberto João com desgovernos, fuas de informação, insultos a torto e a direita e ameaçando com independência, mereceu meia dúzia de palavras numa feira em Valpaços.
Como é que os portugueses vão ganhar coragem se o "seu" Presidente mal se ouve falar e quando o faz é no remanso do jardim de Belém, ao luar.
Há o Parlamento, há inúmeros oportunidades para dar força. Embora, na altura, lhe tivesse faltado preparação intelectual, temos saudades do pão, pão, queijo, queijo, de Eanes.
Cavaco não mexe com os portugueses. Anestesia-os.

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