segunda-feira, 19 de setembro de 2011

OS QUE PODEM AOS QUE PRECISAM

Sem papas na língua (até já Salazar o tinha dito há mais de meio século). Os que podem aos que precisam. A crise não pode ser paga por quem conta os tostões para viver, mas sim os ricos e as empresas poderosas. Não pode ser quem recebe o salário mínimo ou a chamada classe média. Eu julgava pertencer a esta última, mas sou dos que chego ao fim do mês ansiosamente à espera do dia 10 para receber a pensão de reforma (enquanto houver fundos estatais para isso).
Vive-se hoje pior do que eu vi e vivi no tempo da II Guerra Mundial. Hoje sofre-se mais, pois antigamente havia pouco, mas hoje o povo sabia o que era viver um pouco melhor e, agora, é mergulhada no não ter nada. É muito dificil um dia ter e depois deixar de o ter. Quem nunca teve sofre menos, embora seja triste.
Eu, por mim, sem complexos de o afirmar, nunca julguei chegar perto do fim da vida e a nem cotão ter nos bolsos. Aflige-me, ainda, os mais novos, aqueles para quem um mundo negro se abre.
Ou quem pode acode aos que nada possuem, ou estamos a caminho duma III Guerra Mundial. E venha ela, porque sermos mortos lentamente, custo muito mais.

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