segunda-feira, 26 de setembro de 2011

104 ANOS

O Leixões vai comemorar os seus 104 anos de existência. Uma vida gloriosa. Uma camisola rubro e branca que já foi vestida por milhares de cidadãos e cidadãs. Oceanos de lágrimas que inundaram olhos que riam ou choravam. Glorioso nas vitórias e respeitador nas derrotas. Um clube que é nacional e internacional e que atravessa transversalmente o concelho de Matosinhos.
O Leixões que vive uma hora de crise existencial no seu aspecto administrativo, mas que desportivamente vai continuando a afirmar-se do futebol ao voleibol, passando pela natação e o bilhar. Um Leixões que precisa de regressar ao seu eclectismo. Um Leixões entregue unicamente a homens e mulheres de boa vontade, enquanto a maioria da população se esquece dele e o tecido empresarial só se lembra se houver golos...
Nesta hora que deveria ser de enorme euforia, pois passar um centenário é um marco histórico só acessível aos grandes lutadores, há uma incerteza a pairar sobre a instituição com o seu grave problema financeiro, com o Estado a tentar não o deixar sobreviver, impedindo que o Estádio do Mar possa ficar para sempre a ser propriedade de Matosinhos, por vontade de aquisição por parte da Câmara Municipal. Vive-se um momento extremamente melindroso.
Se for vetada superiormente a venda do Estádio, tal como Matosinhos já decidiu, o Leixões poderá sofrer forte machadada na sua vida.
Daí que este modesto associado nº. 166, deste cantinho peça que todas as boas vontades se unam e se Lisboa decidir querer cortar as pernas e a cabeça ao nosso clube, pois que fiquem com o Estádio do Mar, sem naquele espaço se poder construir mais nada que instalações desportivas, julgamos nós, e voltemos ao Campo de Santana, cedido pela Câmara para ali erguermos um pequeno estádio e ali voltarmos a gritar pelo clube. Seria bonito ali erguer-se algo que homenageasse o Leixões da gente do Mar.
Vivemos uma hora de todos nos envolvermos na continuidade do nosso clube.
E, também, no momento em que o nosso vizinho Leça FC se encaminha para o centenário, vivendo igualmente o problema da venda do seu estádio, pois que o credor fique com ele e a Câmara abra as portas do Campo da Bataria, melhorado, para nele as cores leceiras continuarem a ser aplaudidas.
Vamos a isso, matosinhenses.

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