Toda a gente comenta o caso e, ainda por cima, quando se ouvem cidadãos de Oeiras a louvar o presidente em causa pelo magnífico trabalho efectuado durante vários anos. Se fez bem as contas ou não, isso não interessa. A obra é que fica, nem que tenha sido erguida à custa de habilidades, falsidades e boa recolha de pingues para o bolso de quem mandava.
Isto é o resultado da democracia analfabeta que ainda temos. As pessoas perdoam todas as falcatruas desde que a cidade cresça e com ela os rendimentos de muita gente. Como cresce, isso é o que menos interessa.
Esta situação, infelizmente, multiplica-se pelo nosso país e não só nas Autarquias.
E, agora, quando uma grande percentagem de autarcas não poderão recandidatar-se, era interessante que o Governo ou até o Parlamento, mandasse comparar a a declaração de rendimentos à chegada e à partida.
Não será dificil e até porque o ambiente ajuda e muitas das fontes de enriquecimento estão sem gota de água: os empreendimentos urbanos, a dificuldade de vida de muitos empreiteiros.
A chamada troika bem poderia fazer um acrescento ao documento. Alguns dos partidos, se tal acontecesse, muito nervosos ficariam.
É que não há só um Isaltino. Há quem lave mais branco.
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