domingo, 9 de outubro de 2011

TOMATES

Estava com a Ilídia a ver um dos mais que estafados técnicos de contas, que se dizem economistas e peritos em finanças, mas que não passam de uns mangas de alpaca, em que a grandeza e a pobreza do euro andava em bolandas nas palavras do mesmo, quando se dá um intervalo. E no mesmo, lá aparece a publicidade do Continente, anunciando a grande probabilidade de se comprar tomates, custando cada quilo 1,29 euros. De imediato, fizemos as contas e regressando ao escudo reparamos que o quilo dos mesmos representava cerca de 250 escudos! Como é que em meia dúzia de anos, o que custava 50 escudos, foi multiplicado por cinco?
E ficamos os dois a pensar, desligando o televisor: esta coisa da entrada no euro deu cabo da vida e não só aos portugueses. Podem-nos contar milhentas histórias, apresentar um cabaz de argumentos e até chamar de analfabetos de economia, mas ninguém nos afasta do que pensamos: fomos tramados e bem tramados. Mas o pior é que, agora, não podemos voltar para trás. E porquê? Porque não temos tomates.

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