quinta-feira, 27 de outubro de 2011

RELVAS

Não, não vou a contar a história de Salazar que quando viu, junto dos Jerónimos, um pobre a comer relva, abeirou-se dele, lamentou a sua sorte e disse que o ia ajudar. E ajudou. Mandou-lhe entregar uma carta em que o pobre tinha licença para comer relva...
A referência a fazer é a Miguel Relva, ministro de ganas incendiárias, que entre muitas coisas, foi deixando a perceber que isso de subsídios de férias e Natal pode ir até às calendas gregas ou desaparecer de vez, apresentando como exemplo alguns países nórdicos. Os países em que os trabalhadores, coitados deles, são espoliados por mal pagos. Um bocadinho de tento, senhor ministro porque a relva pode ficar escorregadia.
Fomos um dos portugueses que só muito tarde soube o que era ter direito a tais subsídios, apesar de ter começado a trabalhar aos 10 anos de idade. Só gozamos férias (sem subsídio) aos 27 anos, depois de 17 de trabalho.
Sabemos que vamos sofrer, mas não se fale dos tormentos que vamos passar assim em forma de que poderia ainda ser pior. Cuidado, repetimos, a relva pode ser escorregadia...


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