segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TODOS OS DIAS DIGO UMA ASNEIRA

Faço parte de um grupo de "cansados da vida" que todos os dias percorre a mártir rua de Brito Capelo. São aqueles enormes passeios, cheios de fendas nas juntas das pedras (que dizem serem chinesas); é a escuridão à noite (gostei da recente reacção dos comerciantes, iluminando a rua com velas em tigelas); idosos e crianças que tropeçam e muitos se magoam seriamente; é o desrespeito pelo estacionamento e os camiões de descarga numa grande superfície que danificam o passeio; é a polícia que só ali passa de automóvel, o que é proibido, pois só é permitido em caso de emergência (autoridades e ambulâncias); é o triste espectáculo de estabelecimentos fechados e da invasão dos comerciantes chineses; edificios à venda; a estação do Metro, com a pala inventada pelo arq. Soutinho, prometida para toda a rua, promessa que ouvimos e muito mais gente, no Hotel Porto, num Outubro chuvoso, que estaria concluída no final desse ano. E já lá vão alguns e só aquele arremedo de pala que a Metro agradeceu porque não gastou nada em construir um abrigo. Cabe aqui uma informação recolhida: afinal a pala não era possível construir em toda a extensão da rua, não só pela falibilidade do material a usar como pela licença que seria necessário pedir aos moradores da rua.
A rua de Brito Capelo é mesmo uma artéria mártir e fantasma. Quem a conheceu. E inaugurou Narciso as obras de remodelação, bebendo champanhe juntamente com o presidente da Associação Empresarial. Os dois deviam ser obrigados, a diariamente darem meia dúzia de voltas à rua, algumas das quais à noite.

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