sábado, 28 de julho de 2012

A PORCA DA POLÍTICA

Dizem que são políticos e, portanto, homens que querem lutar pela melhor e exemplar vida do povo. Mas é o que dizem, porque não prática o exemplo é o pior. E se o povo pensasse duas vezes, fazia-lhes o tradicional manguito do Zé.
E porquê esta ladaínha? Muito simples e triste.
A Câmara comemorou os 60 anos da inauguração do Mercado Municipal, uma obra ímpar para a época, sonhada depois da II Guerra Mundial.
Foram homenageados postumamente os autores do projecto e o construtor do edifício, por acaso, um cidadão de Matosinhos que tanto deu à sua terra e, só agora, é que quem de direito se lembrou de homenagear.
Presentes o presidente da Câmara e vereadores. Presentes, também,  os presidentes da Junta de Freguesia de Lavra (70% dos trabalhadores que construiram o Mercado eram oriundos daquela freguesia) e Senhora da Hora. Estranhamente a ausência do presidente da Junta de Matosinhos. E estranhamente porque parece ter estado presente, horas antes da cerimónia, a distribuir lembranças e uma flor aos operadores do mercado.
Um autarca que, recentemente assumiu responsabilidades no partido em que está inscrito, apesar de há uns anos atrás, depois do "Caso da Lota", ter sido proposta a sua demissão, o que nunca parece nunca ter acontecido, tendo somente sido outros dois destacados militantes (Narciso e Seabra) castigados, por impedidos a candidatarem-se à presidência da Câmara. Uma tristeza num baralho de coisas porcas.
É assim a política. Mas o povo quer que política seja uma sujeira? Parece.

Sem comentários:

Enviar um comentário