terça-feira, 31 de julho de 2012

ADEUS, AMIGO DINIZ

Perdi mais um amigo. Morreu o Diniz. Não tenho a fotografia dele para encimar esta prosa de adeus, mas fui buscar a chama viva que nos uniu durante muitos anos. O Zé Diniz Sampaio Rocha, foi o técnico que visitou milhares de casas na nossa terra, sempre atento às chamadas das donas de casa para afinar o fogão, o esquentador de águas ou o aquecedor de ambiente. Matosinhos inteiro conheceu aquele sorriso simpático, a par da sua competência. Milhares e milhares de quilómetros que ele percorreu pelas ruas do concelho. Toda a gente o conhecia e ele conhecia toda a gente. O Gazcidla com quem ele trabalhou, desde o tempo em que as pessoas julgavam que se tratava de um detergente e, depois, durante época - e ainda hoje - foi um dos factores de economia dos portugueses.
O Zé Diniz foi um dos responsáveis. Era, igualmente, um bom companheiro de trabalho. Eu tive amigos e tenho amigos, mas o Zé Diniz era daqueles mesmo amigos sinceros.
Gostava de dar o seu pé de dança e acabaria por ser, muito tempo, um bom baterista e animador do conjunto musical do Orfeão de Matosinhos. Todos gostavam dele.
Pois o Zé Diniz deixou-nos, aos 75 anos. Vi-o, pela última vez, há um mês e do outro lado da rua disse-nos adeus e mandou-me o seu habitual sorriso. Pela última vez.
Só tive conhecimento do seu falecimento muito tarde, já sem ter hipóteses de lhe levar uma flor.
Perdi um amigo. Mais um.

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